09/12/2020
Projeto Integrar
Pouco antes da pandemia chegar, a educação no Brasil havia avançado de forma considerável no que tange o direito dessas crianças, adolescentes e jovens de ter acesso aos seus direitos. Hoje, possuímos nas escolas profissionais responsáveis pela integralização e inclusão desses/dessas estudantes nas salas de aula para que possam se desenvolver plenamente, em convivência com todas as demais pessoas e fazendo da escola o que ela é por essência: democrática, diversa e para todas/os, dando aos estudantes PCD o direito a educação.
O/a profissional de Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem a função de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação de estudantes com deficiência, levando e consideração suas necessidades específicas. Ela/ele é um/a investigador/a, que estuda casos referentes a educação especial para ver quais são as barreiras que colocam o aluno em uma situação de deficiência. Sendo assim, o trabalho desse/a profissional não se restringe apenas ao espaço da sala de recursos, mas sim a todo o ambiente escolar e a todos os conteúdos e atividades desse espaço.
A inclusão deve ser um estilo de vida da escola, inclusive no período de aprendizagem remota. Por isso, as aulas de AEE devem ser mantidas e, além disso, os/as professores/as das disciplinas regulares devem se manter ainda mais próximos/as desses/as profissionais para que, juntos/as, elaborem os materiais e atividades de forma a contemplar todos/as estudantes. Quais ferramentas você tem usado para tornar os conteúdos acessíveis para todas as pessoas?
É preciso também mapear quem são e quais são os acessos disponíveis e recursos necessários, para que se possa elaborar propostas pedagógicas que atendam a esses alunos nas suas especificidades. Em algumas escolas, está acontecendo o empréstimo de materiais pedagógicos e de recursos multifuncionais para que as e os estudantes com deficiência possam continuar se desenvolvendo em casa.
Segundo Priciylla Ramalho, Gestora de Projetos da Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC), no âmbito de um dos projetos que a AIC desenvolve, no contexto da educação inclusiva, há relatos de educadoras e educadores que trabalham com estudantes com deficiência, e que têm conseguido desenvolver um trabalho interessante, mesmo no contexto do ensino remoto. Uma estratégia fundamental tem sido a articulação e o diálogo com as famílias. Esses/as educadores/as contam que, como não é possível o contato presencial com esses estudantes, eles têm conversado com as famílias para sugerirem e orientarem as famílias no desenvolvimento de algumas atividades, de algumas tarefas, de alguns exercícios, que são possíveis de serem realizados em casa. E com isso, eles têm garantido a continuidade do processo de ensino e aprendizagem.
A inclusão é pra todas as pessoas
É importante lembrar que a educação inclusiva não é benefício exclusivo do estudante com deficiência, mas de todo e qualquer estudante da comunidade escolar, uma vez que, aprendendo a conviver em uma comunidade diversa, ele está se formando integralmente, e esse, nada mais é, que o papel da escola.
Sendo assim, quando pensamos a educação de crianças, adolescentes e jovens com deficiência é importante levar em consideração: o acolhimento do estudante e sua família, com atenção ao seu contexto e necessidades específicas; priorizar a conexão, o bem-estar e as possibilidades de cada família em lugar de volume de conteúdo; não fazer diferenciação entre o que a turma está aprendendo e o que será ofertado aos/às estudantes com deficiência; garantir que as ferramentas digitais ou físicas propostas sejam acessíveis a todas as/os;
Pra fechar a discussão, trouxemos uma proposta pra você colocar a mão na massa: fizemos uma lista de plataformas e cursos online sobre inclusão. Confira nesse link.